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terça-feira, 22 de maio de 2012

Vídeo-aula 7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão


DISCIPLINA: “EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA: POSSIBILIDADES, AVANÇOS E DESAFIOS”
O processo de inclusão escolar é muito complexo e, nesta vídeo-aula, sua abordagem atingiu 4 perspectivas através de entrevistas.

Visão dos familiares: Mesmo após 16 anos presente na LDB, ainda existem escolar que se recusam a trabalhar com alunos que tenham necessidades especiais. Algumas escolas incluem o aluno especial em sala, porém não dão o suporte em sala. Outras não formam. Não há visão para as habilidades que os alunos especias tem. Reformulação do trabalho com este aluno, novas estrategias, respeitando suas singularidades. É necessária que essa formação seja realizada com a parceria da família.
Visão docente: É um desafio. O docente deve buscar a compreensão do problema/necessidade do aluno. Neste caso, em específico, o próprio diretor não dava assistência a necessidade do aluno, ou pior, nem se preocupava. Desta maneira, o aluno especial fica fadado ao fracasso escolar , pois os profissionais da educação não estão comprometidos com as necessidades deste, mesmo que ele também tenha direito à educação. O professor deve procurar todos os recursos possíveis para que essa formação seja garantida e efetiva. Foi frisada, nesta entrevista, que a dificuldade encontrada pelo professor está na falta do convívio com pessoas especiais, já que eles são excluidos da sociedade.
Visão do coordenador (equipe técnica): A coordenadora articula os diferentes pontos de vista, já que convive com professores, familiares e alunos. Em seu ponto de vista, o grande problema escolar está na falta de formação aos professores, maior empenho nesta formação, o que acaba fazendo com que o professor trabalhar mais a sociabilidade do que o educar. Fora isso, também existe a dúvida familiar sobre o preparo e a formação dos seus filhos. É necessário também o apoio dos profissionais da saúde, mas entendendo que o espaço escolar é diferente do espaço clinico. Além de tudo, ainda há pouco espaço para a visão do aluno, eles são pouco ouvidas e é importante que eles sejam ouvidos e atendidos, para resolução dos problemas cotidianos.
Nesta vídeo-aula, foi apresentado um caso de paralisia cerebral. A aluna fala, entende e se  sociabiliza. Porém a deficiência é vista como um todo e não apenas uma parte da pessoa. Essa situação exclui o individuo. A aluna não tem voz, não tem participação e não é ouvida quando fala, mesmo ela fazendo parte do contexto escolar. E é isso que vem acontecendo rotineiramente com os alunos especiais nas escolas: a exclusão. Suas especificidades não vem sendo respeitadas.

Esses problemas são de toda escola, não apenas dos professores. A típica homogeneização, impregnada historicamente no contexto escolar, acaba apagando essa criança da escola e toda sua vivência.
"A inserção destes alunos nas classes regulares, por si só, não garantem, uma prática inclusiva de ensino".
Aprendizagem: Há um estigma no aluno como uma pessoa que não progride. É preciso mudar o foco (pensar todo o processo), olhar a criança com suas especificidades na relação com um professor. Assim que ela deve ser pensada.
Ensino-aprendizagem > A relação professor/aluno deve ser baseada na reciprocidade, mutualidade e bi-direcionalidade (ao contexto imediato e histórico que completam a educação).

A relação do professor/aluno deve ser igual entre os alunos, pois o que se faz necessário é respeitar as diferenças e habilidades de cada aluno. Porém o profissional, atualmente, não se sente preparado e por isso torna sua relação com o aluno especial de forma diferente.

Para reflexão: Direito a escolaridade (Legislações) x Cultura excludente.