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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vídeo-aula 10: A relação entre professor e aluno


DISCIPLINA: PROFISSÃO DOCENTE

Esta vídeo aula foi baseada nos conceitos criados por López Quintás e que podem ser encontrados no livro "Descobrir a grandeza da vida" - introdução à pedagogia do encontro, 2005.


Experiencias reversíveis/bidirecionais

São duas realidades distintas que se unem, preservam-se as individualidades mas se busca uma união. Não há relação humana autêntica sem que seja bidirecional.


Encontro

Se realiza quando entramos em jogo com uma realidade que tem algum tipo de iniciativa, promovendo-se um enriquecimento mútuo. Quando estabelecemos um encontro com um objeto, há um âmbito - toda a realidade que nem é um objeto, nem uma pessoa - mas nasce algum tipo de possibilidade. Um encontro é quando dois âmbitos se entrelaçam. Assim podemos produzir valores, beleza, novas realidades.

Um professor precisa ser um ser humano "AMBITAL". 


A transformação de uma sala vazia para uma sala de aula, é preciso que ela seja vista como um lugar de encontro. E onde  neste espaço, seja criado um âmbito. Um local em que as liberdades não entrem em choque e que o diálogo tenha a possibilidade de acontecer. Desta forma, o âmbito gera o caminho para o conhecimento.

Conhecimento é como um nascimento, pois parte de uma experiencia criativa e nos torna mais humanos. Por isso, precisamos como professores tornar a nossa relação com o aluno mais humana. Assim os âmbitos serão criado e os horizontes ampliados.

domingo, 27 de maio de 2012

Vídeo-aula 9: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas


DISCIPLINA: PROFISSÃO DOCENTE

A prática pedagógica é a maior preocupação dos professores, porém isso pode afetar a sustentação desta mesmo pelo professor. A prática pedagógica é fundamentada no projeto educativo. E o professor não pode se perder na sua fundamentação.
Algumas ciladas: "Os fins justificam os meios"; Insegurança do professor; Desequilíbrio ; Falta de critérios e diretrizes para organizar o fazer pedagógico; Dificuldades para planejar e avaliar; Trajetória incerta dos alunos e resultados inexplicáveis.
Para que estas situações não ocorram, é preciso coerência no processo educativo. 


" A educação, qualquer que ela seja, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática" (Freire). Assim, a prática pedagógica é particular em cada professor.

Esta vídeo-aula nos apresenta duas formas de se compreender o mundo:
FIXISMO: O mundo gira, mas tudo é sempre igual! Como se nada se transforma-se.
Essencialismo: O homem é imutável, todos temos uma base igual e isto é posto.
- Inatismo: O ser humano ao nascer já é tudo. Já está pronto.
- Empirismo: O ser humano não é nada. Precisa se constituir de tudo que o entorna.
TRANSFORMISMO: O mundo está sempre mudando! As pessoas, as relações, os locais estão em eternas transformações.
Relacionismo: O ser humano se constitui a partir das relações com as pessoas, os objetos de conhecimento e a cultura. Tudo se desenvolve a partir das múltiplas relações com o mundo.
- Construtivismo/ Sócio- construtivismo: Aprende a partir das experiencias e relações.


Teorias da Educação:
Empirismo: Não há processo de criação, é como se fossemos pacotes e fossemos preenchidos pelo que o professor passa apenas. Não há relação professor-aluno além de transmissão de conhecimento. Reforça o autorismo e a aprendizagem única, onde todos alunos compreendem o mesmo conteúdo e do mesmo jeito.

Inatismo: O homem já está pré-definido, ele já nasce com seu dom. De acordo com sua natureza, ele só vai apresentando suas habilidades natas com o passar do tempo. O professor apenas é um facilitador da aprendizagem, formando o aluno apenas de acordo com aquilo que, a este aluno, já está pré-disposto.

Construtivismo: O homem é capaz de criar hipóteses e habilidades, o ser humano busca sua compreensão de mundo e de fatos que o cercam, tornando-o ativo. O conhecimento é a ideia de um muro sendo construído e superando seus limites. Quanto maior o seu envolvimento com uma prática, maior seu desenvolvimento sobre esta. O professor busca uma sintonia com o que ele propõe e as habilidades do aluno. Todas as possibilidades são utilizadas para que o aluno consiga atingir o seu máximo de compreensão, tanto pelos acertos como pelos erros. O professor cria oportunidades aos alunos, para que este se constitua como "senhor da sua própria aprendizagem".


O Construtivismo pode ser visto como modismo, mas de forma positiva. Pois assim repensamos a relação professor-aluno e a organização de todo nosso sistema e práticas na educação.

Vídeo-aula 8: Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial.


DISCIPLINA: “EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA: POSSIBILIDADES, AVANÇOS E DESAFIOS”

Historia da Educação x Educação Especial/Inclusiva - as controvérsias.

Esse processo não pode ser visto como uma imposição, mas sim como uma reivindicação, um direito de uma grande parte da população.



Contexto Histórico:
1854 - Rio de Janeiro - Instituto Benjamin Constant para Cegos 
1857 - Rio de Janeiro - Instituto Nacional pra Surdos Mudos
1950 - Instituições especializadas não governamentais
1961 - Leis dos direitos dos excepcionais
1973 - Centro Nacional de Educação Especial
1999 - Movimentos nacionais e Internacionais " O direito de de todos a Educação"
Atualmente - Busca pela formação de professores e profissionais para atender as necessidades especiais dos alunos na Educação.

FRANÇA - institutos Nacionais para receber pessoas com deficiência - socialização
1824 - Escrita BRAILE

A própria educação regular era para poucos, não era gratuita e nem obrigatória. Essa realidade estava ligada a sociedade agrária que vivíamos, já que os centros urbanos eram poucos e muito menores em comparação aos campos. Assim, a educação era completamente elitista. Sendo assim, apenas em 1934, a educação se torna gratuita e obrigatória, investindo assim na formação do indivíduo.
Vamos percebendo que com o passar do tempo, a deficiência passa a ser discutida e estudada, e aos poucos classificando as diferenças e as possibilidades de se trabalhar com a população deficiente. Ainda que estes estudos ainda excluíssem essas pessoas da sociedade, elas estavam sendo percebidas. Porém a situação não era favorável a elas.
Apenas no pós-guerra é que começamos a ver um trabalho mais efetivo na formação de professores e na sociabilização das pessoas com necessidades especiais. É a partir desta preocupação que começam a ser pensados os direitos dessas pessoas, a obrigatoriedade do ensino, num tratamento específico, buscando uma formação plena e um estudo detalhado das diferentes formas de se trabalhar as necessidades.



Fica claro que, apenas no final do século XIX, é que o diálogo EDUCAÇÃO - EDUCAÇÃO ESPECIAL começa a surgir e o professor passa a ser atingido por esta integração.
Só após a Declaração de Salamanca, começa a se mudar o paradigma da educação, firmando os direitos humanos. Assim tem início a adaptação da educação ao aluno, e não o inverso. A educação precisa se encaixar as necessidades, especiais ou não, dos alunos. Assim podemos compreender as diferenças e trabalhar as diversas habilidades que o aluno pode nos apresentar.
Apenas dessa forma podemos garantir a equidade da educação para todos!


terça-feira, 22 de maio de 2012

Vídeo-aula 7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão


DISCIPLINA: “EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA: POSSIBILIDADES, AVANÇOS E DESAFIOS”
O processo de inclusão escolar é muito complexo e, nesta vídeo-aula, sua abordagem atingiu 4 perspectivas através de entrevistas.

Visão dos familiares: Mesmo após 16 anos presente na LDB, ainda existem escolar que se recusam a trabalhar com alunos que tenham necessidades especiais. Algumas escolas incluem o aluno especial em sala, porém não dão o suporte em sala. Outras não formam. Não há visão para as habilidades que os alunos especias tem. Reformulação do trabalho com este aluno, novas estrategias, respeitando suas singularidades. É necessária que essa formação seja realizada com a parceria da família.
Visão docente: É um desafio. O docente deve buscar a compreensão do problema/necessidade do aluno. Neste caso, em específico, o próprio diretor não dava assistência a necessidade do aluno, ou pior, nem se preocupava. Desta maneira, o aluno especial fica fadado ao fracasso escolar , pois os profissionais da educação não estão comprometidos com as necessidades deste, mesmo que ele também tenha direito à educação. O professor deve procurar todos os recursos possíveis para que essa formação seja garantida e efetiva. Foi frisada, nesta entrevista, que a dificuldade encontrada pelo professor está na falta do convívio com pessoas especiais, já que eles são excluidos da sociedade.
Visão do coordenador (equipe técnica): A coordenadora articula os diferentes pontos de vista, já que convive com professores, familiares e alunos. Em seu ponto de vista, o grande problema escolar está na falta de formação aos professores, maior empenho nesta formação, o que acaba fazendo com que o professor trabalhar mais a sociabilidade do que o educar. Fora isso, também existe a dúvida familiar sobre o preparo e a formação dos seus filhos. É necessário também o apoio dos profissionais da saúde, mas entendendo que o espaço escolar é diferente do espaço clinico. Além de tudo, ainda há pouco espaço para a visão do aluno, eles são pouco ouvidas e é importante que eles sejam ouvidos e atendidos, para resolução dos problemas cotidianos.
Nesta vídeo-aula, foi apresentado um caso de paralisia cerebral. A aluna fala, entende e se  sociabiliza. Porém a deficiência é vista como um todo e não apenas uma parte da pessoa. Essa situação exclui o individuo. A aluna não tem voz, não tem participação e não é ouvida quando fala, mesmo ela fazendo parte do contexto escolar. E é isso que vem acontecendo rotineiramente com os alunos especiais nas escolas: a exclusão. Suas especificidades não vem sendo respeitadas.

Esses problemas são de toda escola, não apenas dos professores. A típica homogeneização, impregnada historicamente no contexto escolar, acaba apagando essa criança da escola e toda sua vivência.
"A inserção destes alunos nas classes regulares, por si só, não garantem, uma prática inclusiva de ensino".
Aprendizagem: Há um estigma no aluno como uma pessoa que não progride. É preciso mudar o foco (pensar todo o processo), olhar a criança com suas especificidades na relação com um professor. Assim que ela deve ser pensada.
Ensino-aprendizagem > A relação professor/aluno deve ser baseada na reciprocidade, mutualidade e bi-direcionalidade (ao contexto imediato e histórico que completam a educação).

A relação do professor/aluno deve ser igual entre os alunos, pois o que se faz necessário é respeitar as diferenças e habilidades de cada aluno. Porém o profissional, atualmente, não se sente preparado e por isso torna sua relação com o aluno especial de forma diferente.

Para reflexão: Direito a escolaridade (Legislações) x Cultura excludente.


Vídeo-aula 6: O professor e a diversidade cultural na sala de aula


DISCIPLINA: “PROFISSÃO DOCENTE”

A diversidade cultural é uma manifestação que pode ser manifestada pelo estudo das várias culturas existentes e suas produções. Ela é o direito de cada povo manifestar, documentar e preservar sua própria cultura. O intuito deste ensino é promover o respeito aos povos, compreender sua permanente transformação em cada momento histórico. Estudar os objetos é compreender estes povos e mais sobre sua história.

A ideia é promover a assimilação de referencia artística, não pensando numa cópia, mas sim desenvolvendo sua própria informação e seu interesse pelo que mais se aproxima a ele, em cada cultura.
Pontos levantados por Chalmers (2003): Devemos estudar não apenas o que foi consagrado como arte, mas na verdade estudar a diversidade e valorizar novas linguagens. O estudo da diversidade cultural favorece a relação do individuo com o grupo/sociedade e desenvolve o pluralismo.
Assim, a diversidade cultural deve fazer parte da sala de aula dos alunos, sendo inserida nas aulas e nos conteúdos. Deve-se não apenas trabalhar os objetos, mas as diversas linguagens como: lendas, mitos, festividades. Embora ela precise ser sempre dinâmica para que despertem o interesse dos alunos e visem sua participação efetiva na construção do seu saber.

As manifestações artísticas comunitárias também desenvolve a construção do saber do aluno, pois está presente em seu cotidiano e assim fortalece a formação da identidade cultural do estudante.
Para finalizar, segue o Relatório da UNESCO (1996):
“O principio básico deverá ser o respeito a todas as culturas cujos valores sejam tolerantes em relação às outras. O respeito vai além da simples tolerância: implica a adoção de uma atitude positiva para com os outros e a satisfação em relação as suas culturas. A paz social é necessária ao desenvolvimento humano e exige que as diferenças entre culturas sejam vistas não como algo estranho, inaceitável ou mesmo detestável, mas como o resultado de diferentes maneiras de coexistência humana que contêm lições e informações valiosas para todos.”



Vídeo-aula 5: O papel do professor na mediação cultural


DISCIPLINA: “PROFISSÃO DOCENTE”

É importante que o professor aproxime seus alunos de quem produz arte e cultura. Às vezes ele pode estar restrito à disciplina "artes", mas esse tema pode ser abordado em várias disciplinas.
É preciso desmistificar a arte como inacessível. Ela tem que fazer parte de maneira natural da vida do aluno, não só na escola, mas também no seu cotidiano.
Enaltecer a arte brasileira, fazendo arte e relacionando-a ao seu contexto sócio-histórico. O aluno pode aprender, fazendo. A arte pode promover a autoestima, pois assim, cada um se expressa, constrói a interpretação e o saber artístico do aluno, além de poder ser feito coletivamente, integrando todos os alunos e promovendo a participação social.
A arte trabalha a transversalidade, como questões sociais ou ligada à realidade do cotidiano do aluno. O importante é focar o conteúdo poético da obra de arte. O aluno precisa aprender a decodificá-la e compreende-la, fazendo com que o aluno se interesse pelo assunto.
Que aluno formar: a arte de manifesta as características culturais (marcas subjetivas) que transforma a condição de vida e a visão de como se viver no mundo atual, promovendo a integração do aluno na sociedade e fazendo com que o aluno sinta prazer e vontade de frequentar a própria escola, transcendendo a sala de aula. São formas de produção artística: Portfólios, Blogs, etc.
Cada aluno deve ser compreendido dentro de sua singularidade, formando e construindo a identidade de cada aluno. Para tal,o professor precisa apresentar obras de qualidade e que se encaixem aos conteúdos necessário, fazendo sentido aos alunos. Assim, o professor precisa investir na sua própria formação pois desta maneira ele pode desenvolver sua experiência de se manifestar e se expressar através da arte.
Diferenças entre o contexto histórico da arte:
Escola nova: Visa mais a expressão sentimental.
Escola contemporânea: o aluno constrói seu saber artístico, mas sem perder sua identidade na autoria.


Vídeo-aula 4: Ética e Saúde a escola


DISCIPLINA: “EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA: POSSIBILIDADES, AVANÇOS E DESAFIOS”

Essa vídeo-aula nos permite pensar sobre a questão de termos um aluno com necessidades especiais em sala de aula. Que impacto essa situação, essa terminologia têm em cada um de nós. Particularmente, tenho vários alunos com necessidades especiais em sala, não todos na mesma, mas pelo menos um em cada que ministro minhas aulas de Ensino Fundamental II.
Fiz essa reflexão durante a aula e repensei as atitudes que tive com cada um deles. A maior dificuldade que enfrento é a quantidade de alunos que tenho em sala de aula. A ideia de lidar com as diferenças e trabalhá-las em sala de aula é muito difícil, principalmente quando você tem uma sala de quarenta e cinco alunos, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, trabalho em outra instituição, que tenho uma sala com um aluno especial, mas num total de oito alunos. Definitivamente, é muito mais fácil e muito mais rico o trabalho nesta sala, mas precisamos convir que esta não é uma realidade.
A primeira vez que me deparei com um aluno especial, eu, se quer, fui avisada pela escola. O aluno estava lá e eu entrei em sala. Por não se tratar de uma deficiência física, eu não notei imediatamente, mas aos poucos pude perceber que o ritmo do aluno era completamente diferente. Voltei pra casa pensando em como lidar com a situação, pois eu, em minha vida pessoal, estava preparada para lidar com as diferenças, mas na profissional, sentia que não.
Foi um desafio, principalmente porque eu, logo de início, não acreditei que poderia realizar meu trabalho plenamente. O mais prazeroso foi perceber que, uma pessoa que estava preparada na vida para lidar com diferenças, bastava querer para lidar com elas profissionalmente também. Acredito que no final daquele ano, tive um prazer imenso ao perceber que o aluno havia compreendido a matéria e se sentia acolhido pela escola. Esse foi um resultado muito positivo que a escola obteve e um presente pra mim.
Pra mim, esse resultado só foi atingido, porque o trabalho foi coletivo. Todos os professores se comprometeram e conseguiram trabalhar juntos para a formação, em especial, deste aluno. 


Vídeo-aula 3: Ética e valores na ação educativa

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA: POSSIBILIDADES, AVANÇOS E DESAFIOS
Os pontos norteadores desta disciplina são: o processo histórico de exclusão, a luta e reivindicação para a inclusão de especiais na escola e as dificuldades e tensões sobre o tema.
Uma reflexão a ser feita por nós deve ser: A quem se destina a escola? O prof. Ulisses nas primeiras vídeo-aulas nos apresenta a escola passando por três revoluções, em diferentes épocas que tem início com a restrição, passa pela homogeneização, até chegar à universalização  e abordagens a grupos diferentes.
Os conflitos, a cada período, também se transformam. Inicialmente a escola é destinada a uma camada social restrita, depois atingindo diversas camadas sociais e visando a homogeneização, negando a diversidade. Na educação especial, passamos pela legitimação da exclusão, depois a legitimação do direito, até a naturalização cultural. Mas a questão para todos nós que fica é, como desculturalizar todo esse processo histórico?
Os grandes paradigmas que enfrentamos são: Ler/ escrever; escrever/contar; cultura letrada. O que nos leva a pensar em como lidar com os deficientes que usam outras línguas, tem dificuldades?
Ser professor nestas novas esferas é difícil e nos faz repensar nossas próprias ações, pensamentos. A partir de reflexões como essas, em nós, é que devemos começar a questionar como deve ser nosso trabalho mediante essa realidade e nosso papel em atuar dependente de novas estruturas.
A escola deve ser vista como uma instância privilegiada para se evitar/corrigir práticas intolerantes, aumentando o respeito e a solidariedade. Para que tenhamos sucesso nessa empreitada, o primeiro passo que devemos exercer e aplicar, aos alunos, é a empatia: a necessidade de lidar e se colocar no outro. O outro pode ser diferente e assim surge a dificuldade de se colocar no lugar deste. Mas é isso que deve ser trabalhado.
Os alunos especiais foram/são tradicionalmente excluídos. O professor, primeiramente, precisa aprender a lidar com o diferente, fazer com que os alunos compreendam e saibam conviver com o diferente e saber fazer este diferente sentir-se incluído.
É necessário que o trabalho seja relacionado com valores, ética, respeito a diversidade e cidadania. Trabalhar relações interpessoais. Desenvolvendo a empatia ao outro. A afetividade e os valores positivos auxiliam esse trabalho. É preciso evitar os valores negativos. A mudança deve partir de nós, para que seja efetivo nosso trabalho na relação à educação especial/inclusiva. O conflito entre professor e educação universal é inerente. Devemos rever nossos significados sobre toda a educação, tendo clareza dos significados, pois nossas atitudes, ações e práticas são o maior caminho de aprendizagem do outro.
Nosso papel como pessoas e profissionais, deve ser o de se colocar no lugar do outro, ter humildade com nossos limites, construir um sujeito ativo e buscar parcerias.




Vídeo-aula 2: A ação educativa ao longo da trajetória escolar

DISCIPLINA: PROFISSÃO DOCENTE
A escola atual não pode ser apenas um espaço para transmissão de conhecimento. Ela, atualmente, precisa e já exerce ações voltadas para orientação de estudos, sobre drogas, adaptação, orientação sexual e também recuperação. Mas estas ações não podem ser promovidas aleatoriamente e sim em sintonia com a trajetória escolar. Nesta vídeo-aula podemos ter, com mais clareza, o papel do professor em cada etapa desta trajetória e quais são as necessidades a serem supridas em nossos alunos.

Educação Infantil: Representa para o aluno um mundo de descobertas, brincadeiras e alegria. Desta maneira, a escola é vista por este como um novo mundo para adaptação, ampliação dos saberes, mundo, relações e linguagens. A função do professor nesse quadro é a INSTITUCIONALIZAÇÃO, ou seja, mostrar para o aluno o que é e como funciona a escola.

Ensino Fundamental I (Primeiros anos): Surge a primeira transformação e para o aluno se torna o local do aprender e que aprender, tem um preço. É a fase de desenvolvimento do autoconceito, onde é necessário motivação, adaptar-se ao ritmo da escola e à uma nova convivência. A função do professor nessa etapa é o de conciliar a alegria com o aprendizado.
Ensino Fundamental I (Últimos anos): A escola se transforma em um espaço plural e o aluno passa a se tornar mais crítico e com uma sintonia apurada; O desenvolvimento, agora, é o do autoconceito acadêmico: aprender e se organizar, além de iniciar sua autonomia. A função do professor, aqui, é a de escolarização: fortalecer a relação aluno-escola, investir no aluno estudante, fazer com que o aluno goste da escola.
Ensino Fundamental II: A escola, para o aluno, passa a não ser um único local de convivência, surgem tantos outros mundos. Assim, ela passa a competir com outros espaços – momentos de conflito e tensão. Ensino Médio: O mundo extraescolar se aprofunda. O aluno reconhece a importância da escola e da educação, mas precisa aprender a lidar com a disponibilidade => paradoxo.
A função do professor nessas duas etapas é a de prepará-los para as crises, conflitos e projetos de vida, desenvolvendo sua autonomia, sua identidade e seus valores. Visa a preparação para a vida social, onde o professor lhes dá apoio e orientação, com sensibilidade e mostrando-lhes o que é a vida, a responsabilidade e realidade/sociedade.
A ação educativa na escola, desta forma, passa por diferentes ênfases: Institucionalização>Escolarização>Preparação para a vida social.
Mas nessa trajetória, tudo deve ser flexível, pois, eventualmente, precisamos trabalhar essas ênfases em momentos diferentes dos típicos apresentados. É necessário reconhecer o momento do aluno.
O papel do educador é acolher o aluno, trazer para a escola, o fazer viver bem a vida escolar e devolvê-lo pra sociedade, preparado. A profissão docente é um desafio!


Vídeo-aula 1: Papel do professor: instruir ou educar?

DISCIPLINA: PROFISSÃO DOCENTE
A prática docente pode ser analisada por duas dimensões: no papel de instruir e no papel de educar. Essas dimensões têm cada vez mais se encontrado na nossa prática diária, mas, por muitas vezes, elas  vêm sendo trabalhadas separadamente ou apenas uma delas.


Para que se alcance o êxito nas dimensões em conjunto, se faz necessário um projeto pedagógico que transpasse os limites da disciplina, visando também a formação do indivíduo enquanto cidadão e ser social. As disciplinas tradicionais devem ser trabalhadas em conjunto com as questões sociais que cercam não só o mundo de hoje, mas principalmente a realidade e o cotidiano do aluno.
Vendo a escola como um espaço de formação completa, o papel do professor  na formação dos seus alunos deve visar a aprendizagem, a formação de identidade, a sociabilidade, a humanidade e o seu protagonismo.
É um desafio, mas que devemos aceitar e trabalhar nele. Só assim podemos garantir aos futuros cidadãos uma formação digna e coerente com a realidade que vivemos.